Educação especial na perspectiva da educação inclusiva: um estudo sobre as políticas em tempos de pandemia da COVID-19

Resumo

A pandemia da COVID-19 alterou a rotina de pessoas no mundo. A educação precisou se adaptar a essas mudanças e medidas emergências foram adotadas, as aulas passaram a serem por encontros remotos e virtuais. Frente a essas mudanças, as condições de acesso e participação não era igual para todos os brasileiros, as discrepâncias econômicas foi um fator determinante. Paralelamente as adversidades decorrentes da pandemia, enfrentamos um momento político sensível. O cenário político nacional era marcado por uma crise estigmatizada pelos princípios e comportamentos do ex-presidente da república. A sociedade ficou dividida, de um lado cidadãos que acreditavam na ciência e nas orientações dessa para a prevenção do vírus e do outro por um grupo que negava a existência da COVID-19. Essa tensão adentrou a educação criando um embate entre os entes federativos relacionados as ações para prosseguir com o calendário escolar gerando diversos entraves na proposição de medidas que viabilizasse, também, propostas específicas no âmbito da educação dos alunos com deficiência. Diante desses fatores, o objetivo geral dessa dissertação consiste em analisar, a partir da abordagem do Ciclo de Políticas, as diretrizes das políticas de Educação Básica e de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva que afetaram a escolarização dos alunos com deficiência em tempos de pandemia. Por intermédio das ferramentas conceituais da abordagem do Ciclo de Políticas foi possível examinar os discursos, textos e outros elementos que apontam que embora o governo federal tenha sancionado documentos normativos destinados à educação, esses documentos não propuseram diretrizes para estratégias político-pedagógicas específicas, fragilizando ainda mais as condições escolarização dos estudantes com deficiência nas aulas síncronas e assíncronas