A exclusão escolar tem classe e cor. A situação de vulnerabilidade em que se encontram crianças e adolescentes pobres, pretas(os), pardas(os) e indígenas, no Brasil, não é uma coincidência, não é resultado de um processo histórico que, tal como a natureza, não é previsível nem controlável, mas da manutenção de escolhas que condenam grandes parcelas da população à invisibilidade, ao abandono e ao silenciamento. Os dados aqui apresentados indicam, por um lado, o esforço que o Poder Público (federal, estadual e municipal) precisará realizar para incluir todas as crianças e todas(os) as(os) adolescentes na escola, e por outro, chamam a atenção para as prioridades das políticas educacionais que precisam ser adotadas em cada região, em cada estado e no país.